Não poderia ser diferente, é só felicidade. - Em uma roda de chimarrão Getúlio e Trajano passam a cuia para dois novatos. Por nunca terem experimentado do amargo, eles fazem o que todos fazem ao tomar pela primeira vez, uma enrugável careta. Aí, um disse e o outro concordou:
" Em vida, escutei algumas vezes que, o chimarrão tem sabor amargo e, de amargo, já basta a vida." Hahahahahhaiii! Getúlio riu e prosseguiu: "E agora?" Agora, diria sabor de felicidade com alegria, com pitada de amor, com carinho, regado a prazer, tudo o que se tem de direito!
Nisso, Trajano, com a voz modificada por um catarro na garganta, fala sobre uma vontade oculta que ainda não a tinha manifestado para o companheiro Getúlio. "Eu queria viajar! O que sei sobre a era da tribulação é só o que você me contou e o que li no Apocalipse. Eu quero mais, quero vivenciar o momento."
Um pouco surpreso e com um arzinho de contrariedade, Getúlio coloca para o Trajano... - Não sabia deste seu desejo, o que não é o meu, se soubesse antes o teria exposto para o Oaldo.
Nos momentos de pausa para o mate, como numa terapia de grupo, um fala e os outros escutam. E quem fala é o que está com a cuia na mão, e, os outros, escutam educadamente ansiosos para poder falar também, isso aqui no Céu não poderia ser diferente. Getúlio agora com a posse da cuia prossegue: -- Tenho certeza que será de um prazer enorme para o Oaldo te levar para essa época que foi a mais tribulada de todos os tempos! -- Dá uma baita chupada na bomba de prata e prossegue: Não vou junto, prefiro Copacabana!
Agora, Oaldo sabendo do desejo não mais oculto de Trajano, não se fez de rogado, vai logo programando o retorno aos arrepiantes sete anos.
E assim, se foram... |
Instantaneamente estão em Roma no ano de 2020. O momento é de arrebatamento, tornando, o que Trajano havia lido recentemente no Apocalipse, uma realidade para sua visão. Oaldo vendo tudo pela segunda vez, em nada se surpreendeu. Lembrou que anteriormente ele estava caminhando no Parque Barigui com um amigo que tinha sido arrebatado. "Bom, está só começando! E os sete anos de tribulação, crescerão em horrores, até a segunda volta de Cristo", diz Oaldo.
Roma, uma cidade abarrotada de carros, congestionou total. Eles não se movem pra frente e nem pra trás. Trajano está empolgado olhando tudo o que pode se ver de dentro do táxi. Mas conversar é impossível! O motorista fala gritando, nervosamente, não sei o que nem para quem. Uma mistura de pessoas voando e caos no transito. Eles resolvem andar a pé, e de onde estão, avistam o Coliseu. Trajano exclama em latim: "porca madonna! Quod illi ad Coliseum?" E continua, "Vespasiano o construiu para que fosse eterno!"
Passam-se três anos, tudo muito rápido, quando o antigo imperador presencia, o que pode se dizer de "mais uma atribulada incivilidade". Terroristas do grupo cristão, "Peoples Temple", braço armado do antigo "Caças as Bruxas", implodem o que restou do anfiteatro Coliseu, não sobrando pedra sobre pedra, apenas, areia e cascalho. Os fanáticos simpatizantes dos terroristas comemoraram a derrubada nas redes sociais. Comentários do tipo: "Cai, um dos últimos pilares anti-cristo!", "Até que enfim!". Também, a grosseria cacofonizada reinou no Facebook: "bomba neles", "morte aos pagãos". Não é para menos que Trajano desmaiou, desabando sobre uma bancada de souvenir, respingando chaveirosinhos e ímãs de geladeira para todos os lados. Não se machucou devido a providência divina, levantou-se rapidamente se recompondo e tentando explicar o ocorrido.
"Me desculpem., foi uma crise de labirintite".
Oaldo triste com o acontecimento terrorista, pergunta ao amigo se ele quer voltar para o seu tempo escolhido, e Trajano discorda com o ar de missão inacabada.
Satanás ficou sabendo do ilustre visitante e o procurou. "Estou precisando alguém como você para me assessorar!" Trajano, sem saber direito o que responder, mostrou-se meio acabrunhado. Indeciso... olhou para Oaldo e sem falar, o fez entender o dilema. Será que aceitando seria mais conveniente do que rejeitando a proposta? Oaldo devolveu o olhar cintilando uma resposta positiva para seu celestial companheiro.
Trajano agora faz parte do primeiro escalão do governo de Satanás. Mas durou pouco, pois em sua cabeça, achava que poderia amortecer os impactos diabólicos das determinações do chefe no povo. E o capetão, achava que estava corrompendo o inimigo e degenerando uma importante figura do reino de Deus.
Com o arrebatamento dos justos a coisa ficou muito desproporcional. Cada dia que passa tudo fica pior. Criminalidade cada vez maior, corrupção idem, impropérios e infâmias são só o que se encontra nos sites de relacionamentos. A mídia, então, calunia a torto e a direito, aliás, só tem calúnias e intrigas, bem a gosto do gramunhão. Chegou em um ponto que os países estavam literalmente em pé de guerra. Foi nesse momento que Trajano desistiu, "Vamos dar no pé daqui!" E Oaldo só via a hora de se mandar, mesmo porque, já tinha passado por isso e não sentia saudades nenhuma.
Aliviados, estão de volta aos bons tempos. Engraçado, Getúlio continua com a cuia na mão?!
"Tedros, você aqui?" Surpreende-se Oaldo. Selinho pra lá, selinho pra cá e Tedros se justifica. "Sim, estamos achando que você nos abandonou!", brincou. "Ai-Lin está cobrando o passeio no Jardim Botânico da Lua, prometido faz uma infinidade de tempo", prossegue Tedros, "porque você não aproveita e convida seus amigos de Roma para ir junto conosco?"
Antes de confirmar qualquer coisa, Trajano quer saber mais sobre o passeio e pergunta:" O que tem lá para se comer? Oaldo, que conhece bem o Jardim, pois o administrador é seu amigo, respondeu em detalhes: Tem araçás, jabuticabas, cerejas, goiabas, pitangas, bergamotas, laranjas, limões, mangas. Também tem couve, hortelã, cebolinhas, pimentões, alfaces, manjeronas, e, não lembro mais.
Em um "poof!" lá se vão eles.
" Maomé e Jesus acabaram de sair!", disse Rodolfo para os amigos recém chegados. "E Jesus pediu para você procura-lo para dar continuidade no projeto."
" Tô sabendo!", respondeu Oaldo.
Um pouco sem jeito, Trajano pergunta: "que projeto é esse, posso saber?" --
"Of course, meu caro Watson!", responde Rodolfo.
Trata-se de novas parábolas pronunciadas por Jesus. Estamos lançando o Novíssimo Testamento em que ele e outros profetas estão se manifestando de uma maneira mais adequada aos tempos eternos. É diferente do código de ética que está sendo elaborado também."
E, (torce os lábios e o nariz por consequência) me escolheram para ser o escriba, tudo por ter mais facilidade com o "tap" no Iphone 8, o que é uma imensa honra para mim; também por crer nos opostos de minhas crendices.
Enquanto conversam, caminham pelas trilhas sinuosas do jardim e param diante da "escada do Luca"; uma poda em uma árvore feita para facilitar a subida nela por uma criança. "É para o meu neto!" disse Rodolfo.
O jardim está dividido por linhas imaginárias em sete recantos: a "Luca´s ladder", "Trilha da Julia", "Garagem da Flávia", "Horta orgânica", "Repouso do Guerreiro", "Recanto do Amor", "Espaço de Manobras"e a terraplanagem do "Caminho de Thiago".
Cada recanto, por sua vez, divide-se em recantinhos com motivações próprias e funcionais. A garagem da Flávia é um abrigo com proteção do sol sob duas arvoretas, uma pitangueira (Eugenia uniflora) e um alfeneiro-da-china (Ligustrum sinense);
Na Horta orgânica encontram-se verduras, temperos, morangos e chás; no restante os próprios nomes são autoexplicativos.
-- E nada da Ai-Lin! Garanto que ela está vindo naqueles velhos táxis movidos a fusão nuclear, demora mais, porém, ela não gosta de se locomover a poofs. -- disse Oaldo.
Tedros, dirigindo-se ao administrador, indaga sobre o pequeno santuário em que Nossa Senhora está estilizada em uma imagem de resina: " Por que a imagem se estamos vivendo sob o governo de Jesus e podemos falar com a Maria pessoalmente, quando quisermos?"
"Por puro legado", responde Rodolfo. Não devemos esquecer que foi através das imagens materiais, que no passado falávamos com as nossas divindades. Assim como, ainda hoje, nossos templos guardam as relíquias históricas da construção da fé.
Anoitecendo chega Ai-Lin se explicando... "Eu não poderia deixar de dar uma passadinha na feira, aquela em frente ao salão de artes, e comprar algumas lembrancinhas. Lembra-se da outra vez? Trouxe esta camiseta que você está usando. Hoje, só comprei pro Rodolfo e pra Christina".
Rodolfo agradeceu muito a tesoura de poda em cromo vanadium, assim como, a Christina, que ganhou um liquidificador wireless com lâminas de tungstênio.
No horizonte, a Terra esta se pondo, porém o dia continua.
Christina, enquanto prepara um suco de butiá com o presente novo, indaga à Ai-Lin sobre suas vestes e seu penteado do século XII. - É o que mais gosto de vestir! -- Respondeu Ai-Lin.
Mesmo sendo budista Ai-Lin nunca raspou seus cabelos, preferindo os penteados de sua admirada rainha. Penteados que causam muitos espantos por onde ela passa. Pôde, assim mesmo, passear pelos caminhos do JBL (Jardim Botânico da Lua) em que os arcos de flores são altos suficientes para isso. Ela comentou a falta de um vitex no jardim, sua planta favorita, pois a faz lembrar de sua infância na Mongólia.
Passam-se três anos, tudo muito rápido, quando o antigo imperador presencia, o que pode se dizer de "mais uma atribulada incivilidade". Terroristas do grupo cristão, "Peoples Temple", braço armado do antigo "Caças as Bruxas", implodem o que restou do anfiteatro Coliseu, não sobrando pedra sobre pedra, apenas, areia e cascalho. Os fanáticos simpatizantes dos terroristas comemoraram a derrubada nas redes sociais. Comentários do tipo: "Cai, um dos últimos pilares anti-cristo!", "Até que enfim!". Também, a grosseria cacofonizada reinou no Facebook: "bomba neles", "morte aos pagãos". Não é para menos que Trajano desmaiou, desabando sobre uma bancada de souvenir, respingando chaveirosinhos e ímãs de geladeira para todos os lados. Não se machucou devido a providência divina, levantou-se rapidamente se recompondo e tentando explicar o ocorrido.
"Me desculpem., foi uma crise de labirintite".
Oaldo triste com o acontecimento terrorista, pergunta ao amigo se ele quer voltar para o seu tempo escolhido, e Trajano discorda com o ar de missão inacabada.
Satanás ficou sabendo do ilustre visitante e o procurou. "Estou precisando alguém como você para me assessorar!" Trajano, sem saber direito o que responder, mostrou-se meio acabrunhado. Indeciso... olhou para Oaldo e sem falar, o fez entender o dilema. Será que aceitando seria mais conveniente do que rejeitando a proposta? Oaldo devolveu o olhar cintilando uma resposta positiva para seu celestial companheiro.
Trajano agora faz parte do primeiro escalão do governo de Satanás. Mas durou pouco, pois em sua cabeça, achava que poderia amortecer os impactos diabólicos das determinações do chefe no povo. E o capetão, achava que estava corrompendo o inimigo e degenerando uma importante figura do reino de Deus.
Com o arrebatamento dos justos a coisa ficou muito desproporcional. Cada dia que passa tudo fica pior. Criminalidade cada vez maior, corrupção idem, impropérios e infâmias são só o que se encontra nos sites de relacionamentos. A mídia, então, calunia a torto e a direito, aliás, só tem calúnias e intrigas, bem a gosto do gramunhão. Chegou em um ponto que os países estavam literalmente em pé de guerra. Foi nesse momento que Trajano desistiu, "Vamos dar no pé daqui!" E Oaldo só via a hora de se mandar, mesmo porque, já tinha passado por isso e não sentia saudades nenhuma.
Aliviados, estão de volta aos bons tempos. Engraçado, Getúlio continua com a cuia na mão?!
"Tedros, você aqui?" Surpreende-se Oaldo. Selinho pra lá, selinho pra cá e Tedros se justifica. "Sim, estamos achando que você nos abandonou!", brincou. "Ai-Lin está cobrando o passeio no Jardim Botânico da Lua, prometido faz uma infinidade de tempo", prossegue Tedros, "porque você não aproveita e convida seus amigos de Roma para ir junto conosco?"
Antes de confirmar qualquer coisa, Trajano quer saber mais sobre o passeio e pergunta:" O que tem lá para se comer? Oaldo, que conhece bem o Jardim, pois o administrador é seu amigo, respondeu em detalhes: Tem araçás, jabuticabas, cerejas, goiabas, pitangas, bergamotas, laranjas, limões, mangas. Também tem couve, hortelã, cebolinhas, pimentões, alfaces, manjeronas, e, não lembro mais.
Em um "poof!" lá se vão eles.
" Maomé e Jesus acabaram de sair!", disse Rodolfo para os amigos recém chegados. "E Jesus pediu para você procura-lo para dar continuidade no projeto."
" Tô sabendo!", respondeu Oaldo.
Um pouco sem jeito, Trajano pergunta: "que projeto é esse, posso saber?" --
"Of course, meu caro Watson!", responde Rodolfo.
Trata-se de novas parábolas pronunciadas por Jesus. Estamos lançando o Novíssimo Testamento em que ele e outros profetas estão se manifestando de uma maneira mais adequada aos tempos eternos. É diferente do código de ética que está sendo elaborado também."
E, (torce os lábios e o nariz por consequência) me escolheram para ser o escriba, tudo por ter mais facilidade com o "tap" no Iphone 8, o que é uma imensa honra para mim; também por crer nos opostos de minhas crendices.
Enquanto conversam, caminham pelas trilhas sinuosas do jardim e param diante da "escada do Luca"; uma poda em uma árvore feita para facilitar a subida nela por uma criança. "É para o meu neto!" disse Rodolfo.
O jardim está dividido por linhas imaginárias em sete recantos: a "Luca´s ladder", "Trilha da Julia", "Garagem da Flávia", "Horta orgânica", "Repouso do Guerreiro", "Recanto do Amor", "Espaço de Manobras"e a terraplanagem do "Caminho de Thiago".
Cada recanto, por sua vez, divide-se em recantinhos com motivações próprias e funcionais. A garagem da Flávia é um abrigo com proteção do sol sob duas arvoretas, uma pitangueira (Eugenia uniflora) e um alfeneiro-da-china (Ligustrum sinense);
Na Horta orgânica encontram-se verduras, temperos, morangos e chás; no restante os próprios nomes são autoexplicativos.
-- E nada da Ai-Lin! Garanto que ela está vindo naqueles velhos táxis movidos a fusão nuclear, demora mais, porém, ela não gosta de se locomover a poofs. -- disse Oaldo.
Tedros, dirigindo-se ao administrador, indaga sobre o pequeno santuário em que Nossa Senhora está estilizada em uma imagem de resina: " Por que a imagem se estamos vivendo sob o governo de Jesus e podemos falar com a Maria pessoalmente, quando quisermos?"
"Por puro legado", responde Rodolfo. Não devemos esquecer que foi através das imagens materiais, que no passado falávamos com as nossas divindades. Assim como, ainda hoje, nossos templos guardam as relíquias históricas da construção da fé.
Anoitecendo chega Ai-Lin se explicando... "Eu não poderia deixar de dar uma passadinha na feira, aquela em frente ao salão de artes, e comprar algumas lembrancinhas. Lembra-se da outra vez? Trouxe esta camiseta que você está usando. Hoje, só comprei pro Rodolfo e pra Christina".
Rodolfo agradeceu muito a tesoura de poda em cromo vanadium, assim como, a Christina, que ganhou um liquidificador wireless com lâminas de tungstênio.
No horizonte, a Terra esta se pondo, porém o dia continua.
Christina, enquanto prepara um suco de butiá com o presente novo, indaga à Ai-Lin sobre suas vestes e seu penteado do século XII. - É o que mais gosto de vestir! -- Respondeu Ai-Lin.
Mesmo sendo budista Ai-Lin nunca raspou seus cabelos, preferindo os penteados de sua admirada rainha. Penteados que causam muitos espantos por onde ela passa. Pôde, assim mesmo, passear pelos caminhos do JBL (Jardim Botânico da Lua) em que os arcos de flores são altos suficientes para isso. Ela comentou a falta de um vitex no jardim, sua planta favorita, pois a faz lembrar de sua infância na Mongólia.